quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ARQUITETURA CLÁSSICA

Por Andrews Fiorotte

    A arquitetura clássica se divide em arquitetura clássica grega e arquitetura clássica romana.
    A arquitetura grega antiga tinha uma função pública e ocupava-se de assuntos religiosos e dos acontecimentos civis mais importantes, como as competições esportivas. A maioria das construções conduzidas pelos arquitetos gregos foi feita em mármore ou em calcário, além de madeira e telhas, usadas essencialmente na cobertura dos edifícios.
     As edificações mais marcantes da arquitetura grega são os templos. Embora fossem imponentes por si, eram na verdade construídos com o intuito de proteger as esculturas de deuses e deusas das chuvas e do sol. Portanto os templos não foram construídos, como se imagina, para reunir em seu interior um grupo de pessoas para um culto religioso como nas igrejas atuais. Um dos monumentos gregos mais conhecidos, o Pathernon, está na Acrópole de Atenas, construída entre os anos de 447 a 438 a.C., no ponto mais alto da cidade. As características mais evidentes dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada, conhecido como pronau e os fundos, o opistódomo. No interior, pelas naus, há o recinto onde ficava a imagem da divindade. Ele era cercado também por uma colunata conhecida pelo nome de peristilo. A formação dessa colunata já chegou a ter duas séries de colunas que ficavam em torno do núcleo do tempo. Isso geralmente acontecia em cidades mais prósperas.
     As principais linhas técnicas e estéticas exploradas pelos gregos na arquitetura foram a jônica, a dórica e a coríntia. A forma mais clara de diferenciação entre elas estava no feitio do capitel das colunas. No estilo jônico, destaca-se o uso evidente dos traços de elegância e beleza. São exclusividades do estilo dórico a simplicidade e o rigor das formas, expressões nítidas em Esparta. Em Corinto, há predominância de decorações que remetam à abundância e à riqueza de detalhes.
     As construções gregas mais famosas foram feitas de mármore. Esse elemento começou a ser usado no século VI a.C., juntamente com técnicas de encaixe semelhantes às dos egípcios, que utilizavam madeira. Com o passar do tempo, após o domínio da confecção do ferro, os gregos substituíram o encaixe de madeira por encaixes e dobradiças de metal, dando mais resistência às suas estruturas. Apesar de manter uma forte ligação com a religiosidade, a arquitetura grega se destaca pelo grande valor dado à razão. Em tudo que produziam e construíam, os gregos buscavam alcançar o máximo da perfeição por meio de cálculos matemáticos e geométricos, regras, proporções e perspectiva. As esculturas magníficas, a perfeição geométrica dos templos gregos, a organização e o planejamento das cidades gregas com seus teatros destacam-se no decurso da história da arquitetura. Por tudo isso, e pela beleza dos traços que transcendem os séculos, a arquitetura grega é considerada clássica.
    Já a arquitetura romana foi bastante influenciada pelos gregos, em especial pelos templos, pelo realismo e pela preocupação com a beleza. Também foi direcionada pelo espírito guerreiro e prático dos próprios romanos. Suas conquistas eram celebradas com esculturas, monumentos, obeliscos e arcos de triunfo. Mas as principais marcas deixadas pelos romanos foram as estradas construídas em linha reta e os aquedutos para abastecer e desenvolver as colônias romanas espalhadas pelos territórios conquistados. Os templos romanos foram o resultado de uma combinação de elementos gregos e etruscos: planta retangular, teto de duas águas, vestíbulo profundo com colunas livres e uma escada na fachada dando acesso ao pódio, ou base. Além das tradicionais ordens gregas - dórica, jônica e coríntia - os romanos inventaram outras duas: a toscana, uma espécie de ordem dórica sem estrias na fuste, e a composta, com um capitel criado a partir da mistura de elementos jônicos e coríntios.
     Os teatros e os anfiteatros romanos apareceram pela primeira vez no final do período republicano. Diferentemente dos teatros gregos, situados em declives naturais, os teatros romanos foram construídos sobre uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa maneira, puderam ser instalados no coração das cidades.
    Entre os diversos projetos de construções públicas dos romanos, a rede de pontes e calçadas, que facilitaram a comunicação através de todo o império e os aquedutos, que levavam água às cidades a partir dos mananciais próximos, são os mais extraordinários. Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para desenvolver seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a arquitetura romana possuía muitos elementos inovadores e avanços nas técnicas de arquitetura. As principais características da arquitetura romana são: Solidez nas construções, uso do arco nas construções, uso da abóbada, construções sóbrias, funcionais e luxuosas.


OBRAS DE ARQUITETURA CLÁSSICA NAS CIDADES





 Em minha cidade natal, Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, não há nenhuma construção com essas características, por ser uma cidade mais recente comparada as outras espalhadas pelo Brasil. Há obras que usem ainda a arquitetura clássica não com todas as características, mas pelo menos com algumas delas. É mais encontrada em centros históricos de referência no Brasil como em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, porem algumas características como construções sólidas, uso de arcos, abóbadas, ainda podemos encontrar nas fachadas de hotéis luxuosos, em halls de entrada de museus famosos como o museu do Ipiranga em São Paulo, fóruns de cidades de interior, prefeituras, etc. 


ARQUITETURA CLÁSSICA SE TORNA ATEMPORAL E É

 USADA EM PLENO SÉCULO XXI





A arquitetura clássica ainda é utilizada hoje, por simplesmente, ser executada com elementos tão simples, porém com uma grandeza de detalhes tão imensa, que por exemplo um capitel todo detalhado colocado na frente de um hotel de luxo, torna muito mais elegante, pois traz a memória das grandes construções antigas e dá um ar de riqueza onde é colocada, da uma sensação de autoridade e poder, e por isso ainda hoje esses elementos são utilizados em fachadas de igrejas, prefeituras, câmaras, fóruns, hotéis, sedes de grandes empresas, etc, e também ainda são utilizadas hoje por serem elementos que combinam exatamente com qualquer tipo de arquitetura atual trazendo uma sensação de estarmos no presente e ao mesmo tempo com elementos do passado, tornado a obra, uma obra atemporal.

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